Apesar dessa desaceleração observada no índice mensal, a FGV ressalta que a tendência geral parece indicar uma possível aceleração nos custos da construção, especialmente quando se considera a taxa acumulada nos últimos 12 meses, que é de 4,42%.
Quando comparamos com o mesmo período do ano passado, é possível notar um avanço significativo no índice. Em julho de 2023, o INCC-M apresentava uma alta acumulada de 3,15% em 12 meses, o que representa um aumento considerável em relação ao que foi registrado neste ano.
Entre os diferentes componentes do índice, os Materiais, Equipamentos e Serviços destacaram-se com uma aceleração em seu comportamento. O índice desses componentes subiu de 0,46% em junho para 0,58% em julho. Esse aumento sugere um crescimento moderado nos preços dos insumos e serviços relacionados ao setor de construção.
Em contraste, o componente Mão de Obra mostrou uma desaceleração em sua taxa de variação. A taxa de variação passou de 1,61% em junho para 0,85% em julho, indicando uma redução nos custos trabalhistas associados ao setor de construção.
No âmbito das capitais, as taxas de variação do INCC-M apresentaram comportamentos variados em diferentes cidades brasileiras ao longo do mês de julho. Cidades como Brasília, Recife e São Paulo experimentaram uma desaceleração em suas taxas de variação, o que reflete uma redução nos custos de construção nessas localidades.
Por outro lado, as cidades de Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre observaram um aumento nas taxas de variação do INCC-M, sugerindo um aumento relativo nos custos de construção nessas regiões.